sábado, 14 de novembro de 2015

As nove teses sobre "A Infância como Um Fenômeno Social"

Não há dúvidas de que precisamos de uma abordagem interdisciplinar, além de encaminhamentos e significações para transportar o conhecimento obtido no nível macro para o micro, assim como para ampliar as macrodiscussões a partir do insight das experiências diá- rias das crianças individuais. (Jens Qvortrup p. 12)
Vejo este texto como uma complexa gama de questionamentos sobre como a infância é tratada, sua importância social e o quanto estamos perdendo enquanto não damos vez e voz a infância como parte fundamental na sociedade. Segundo o autor é importante entender as crianças como parte da sociedade e por tanto participantes das mudanças históricas e sociais. Quando acontece uma mudança social, econômica ou politica os efeitos são calculados em diferentes âmbitos, porém o impacto destas transformações sobre a infância nunca entra em questão.
Quando o autor traz a questão da necessidade de uma abordagem interdisciplinar, creio que ele busca mostrar o quanto a questão da infância é complexa, e por isso, separou nove teses para exemplificar termos que precisam ser discutidos. Entre eles  a organização social que insiste em tratar a infância de forma distinta, isolada, ou a dificuldade de perceber a criança como coconstrutoras da  sociedade. Para pensar  infância como parte da sociedade precisamos pensar  sobre os mais diversos aspectos levando em conta diferentes olhares, autores e até o olhar da própria criança de maneira interdisciplinar.
Os conhecimentos obtidos em um nível macro referem-se as políticas sociais, transformações históricas e econômicas bem como sus análises. Os conhecimentos no nível micro, mas não menos importantes, tem a ver com o que está citado acima, o conhecimento de causa os problemas, conflitos e vivências diárias das crianças como fontes de conhecimento.
Reconhecendo estas aprendizagens ou problemas do nível micro, ou do dia-a-dia das crianças encontraremos subsídios para compreender melhor as infâncias e qualificar este processo natural do ser humano. A infância não se encerra ela é permanente na sociedade e por isso tamanha importância em discuti-la.  

Por fim, entendo que ações democráticas na escola são um bom começo para dar voz as crianças. Ela precisa participar como atuante neste espaço de interação. Praticas como conselhos escolares, conselhos participativos e rodas de conversa são trabalhosos, mas extremamente significativos. Já participei de momentos como este e tenho certeza que as crianças tem muito a contribuir com a educação e n sociedade como um todo!!!

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