Não há dúvidas de que precisamos de uma abordagem interdisciplinar, além de encaminhamentos e significações para transportar o conhecimento obtido no nível macro para o micro, assim como para ampliar as macrodiscussões a partir do insight das experiências diá- rias das crianças individuais. (Jens Qvortrup p. 12)
Vejo este texto como uma
complexa gama de questionamentos sobre como a infância é tratada, sua
importância social e o quanto estamos perdendo enquanto não damos vez e voz a
infância como parte fundamental na sociedade. Segundo o autor é importante
entender as crianças como parte da sociedade e por tanto participantes das
mudanças históricas e sociais. Quando acontece uma mudança social, econômica ou
politica os efeitos são calculados em diferentes âmbitos, porém o impacto
destas transformações sobre a infância nunca entra em questão.
Quando o autor traz a
questão da necessidade de uma abordagem interdisciplinar, creio que ele busca
mostrar o quanto a questão da infância é complexa, e por isso, separou nove
teses para exemplificar termos que precisam ser discutidos. Entre eles a organização social que insiste em tratar a
infância de forma distinta, isolada, ou a dificuldade de perceber a criança
como coconstrutoras da sociedade. Para
pensar infância como parte da sociedade
precisamos pensar sobre os mais diversos
aspectos levando em conta diferentes olhares, autores e até o olhar da própria
criança de maneira interdisciplinar.
Os conhecimentos obtidos
em um nível macro referem-se as políticas sociais, transformações históricas e
econômicas bem como sus análises. Os conhecimentos no nível micro, mas não menos
importantes, tem a ver com o que está citado acima, o conhecimento de causa os
problemas, conflitos e vivências diárias das crianças como fontes de
conhecimento.
Reconhecendo estas
aprendizagens ou problemas do nível micro, ou do dia-a-dia das crianças
encontraremos subsídios para compreender melhor as infâncias e qualificar este
processo natural do ser humano. A infância não se encerra ela é permanente na
sociedade e por isso tamanha importância em discuti-la.
Por fim, entendo que ações
democráticas na escola são um bom começo para dar voz as crianças. Ela precisa
participar como atuante neste espaço de interação. Praticas como conselhos
escolares, conselhos participativos e rodas de conversa são trabalhosos, mas extremamente
significativos. Já participei de momentos como este e tenho certeza que as
crianças tem muito a contribuir com a educação e n sociedade como um todo!!!
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