O tema abordado em ambos os filmes é
de cunho social, com tudo provendo de uma licença poética para tratar de
assuntos tão densos como conflitos políticos e a segregação de uma sociedade
cheia de preconceitos. Observando tais
conceitos é possível
criar uma ligação
entre ambas as narrativas, uma traz a história de dois
meninos de classes sociais distintas dividindo seus conflitos pessoais em meio
a uma escola que busca deixar de ser elitista e curvar-se ao socialismo, em
uma época de conflitos e mudanças
políticas no Chile.
Já o filme Macunaíma, inspirado na
obra do grande escritor brasileiro Mário Andrade, traz uma
reflexão sobre a
sociedade brasileira representada
por seu “herói”
preguiçoso e mau caráter, que embora seja grande é imaturo
em suas atitudes e concepções. O autor
ainda brinca com expressões indígenas, e crenças populares satirizando a
linguagem coloquial tão valorizada na época em que escreveu a obra. Fica a
indagação: Que povo é esse que tem preconceito de suas próprias raízes linguísticas,
suas origens, suas crenças e o seu próprio contexto social? Como a escola pode
contribuir para quebrar estes paradigmas?
Cabe a escola e ao professor como
agente direto da educação quebrar este paradigma sócio cultural de que a escola
é apenas um transmissor de saber, cuja finalidade é a diplomação ou o vestibular.
A escola precisa levar em conta o saber popular, a cultura de nosso povo, a
pluralidade social e cultural de nosso país para que assim, seja capaz de
formar cidadãos críticos e capazes de transformar a realidade da sociedade na
qual estão inseridos.
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