quinta-feira, 30 de abril de 2015

Memórias

Gente, adorei fazer a atividade de criação das minhas memórias! Foi muito difícil resumir né mas acho que vale compartilhar aqui no meu blog pra vocês curtirem...
Antes de contar minha história como professora, parei para refletir nas questões apresentadas e um sentimento muito profundo me tomou: primeiro porque parei para pensar em quando esta história começou e percebi que já estou em sala de aula há dez anos, aprendendo todos os dias e procurando deixar algo de mim por onde passo, segundo porque me emociona pensar no que esta profissão significa para mim. Uma menina do interior, filha de uma mãe batalhadora e pai bombeiro militar, muito orgulhosa da profissão do meu primeiro herói desde muito cedo não sabia o que, mas queria fazer algo que ajudasse as pessoas como meu pai.
                Os anos foram passando e tive professores que marcaram minha história, aos 10 anos já sabia: Queria ser professora, afinal não há profissão que não passe pelas mãos de um professor para existir, não poderia fazer algo mais importante para a humanidade do que transmitir conhecimento. Aos 14 anos saí do interior para fazer magistério em Novo Hamburgo, sem nem saber pegar ônibus sozinha. Com a mala recheada de sonhos, e vontade de aprender cheguei a Escola Estadual 25 de Julho onde fiz a prova e passei para fazer magistério. Com o passar do tempo minhas convicções iam se fortalecendo em relação a minha escolha e já no segundo ano de estudo comecei a trabalhar com Educação Infantil.
Foram anos muito intensos onde tive a oportunidade através dos estágios de integrar teoria e prática, nem tudo foram flores... Conheci a realidade das escolas e as batalhas diárias da profissão, mas nada me fez desistir. Depois de um ano de formada em 2010 passei no concurso para professor na prefeitura municipal de Novo Hamburgo. Cheguei tremula a EMEF Dr. Antônio Bemfica Filho, uma escola maravilhosa no bairro Petrópolis, que me acolheu e que tinha um trabalho desafiador na área de projetos educacionais. Assumi uma turma de 5° ano, alunos da minha altura, mas com muita coragem e força de vontade fiz um bom trabalho e fui ganhando espaço dentro da minha escola e da comunidade. Nesta época, além de todas as novidades profissionais ainda estava recém-casada, eram sonhos que se misturavam e muitas responsabilidades pela frente.
Tive experiências maravilhosas na alfabetização, mas ao retornar para a educação infantil reencontrei minha verdadeira paixão. Percebi que estava na hora de ampliar meus conhecimentos e enriquecer minha prática, procurei então uma faculdade e iniciei o curso de Pedagogia. Contudo, no meu coração sempre pintava o sonho de estudar na UFRGS, e quando este sonho se tornou real no ano de 2014 foi uma alegria. Larguei tudo e me lancei neste novo desafio, afinal, vida de professor é assim, nunca sabemos o que vamos encontrar e se não tivermos coragem de encarar cada novo desafio de frente, estacionamos em nossa prática. Ser aluna na UFRGS é chegar onde sempre sonhei, é uma continuidade e um trampolim para meus novos sonhos.

Ao refletir sobre todos esses anos e tudo o que já passei em minha trajetória profissional, me vejo ainda com uma grande jornada pela frente, um bom professor aprende sempre, qualifica sua prática e não se conforma... Parar não é algo que passe pela cabeça, a paixão é o que nos move. Na verdade acho que a palavra é essa: PAIXÃO. Classifico-me assim: APAIXONADA! E penso que não há outra definição para lutar todos os dias contra as dificuldades do sistema de ensino brasileiro, para encarar os desafios que a aprendizagem nos impõe, para ver uma sociedade que não valoriza nosso papel e mesmo assim pensar: Vale a pena! Paixão, é isso que me faz levantar todos os dias e acreditar que cada aluno é único e muda a cada dia minha vida, assim como eu busco mudar a vida de cada um deles a cada palavra, cada gesto e cada nova aprendizagem que vivemos juntos.

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