sábado, 5 de agosto de 2017

Bora lá...


E quase desisto...

Sim, depois de tantas lutas, muitas conquistas e toda uma trajetória no Pead a maternidade quase me faz correr da briga! Verdade! O que fazer com uma bebe que não mama a não ser no peito, o que fazer para deixar a cria, confiar a quem meu bem mais precioso? Apresentar  Works em meio as lágrimas depois da licença me encheu de esperança!!!
Mal sabia eu o que me aguardava no retorno... Não consegui creche mesmo amparada pela lei orgânica que dá esse direito aos funcionários de NH  e com ordem judicial... Ainda estou aguardando cumprimento da sentença. A Pérola fica com minha mãe que é quem poderia cuidar dela para ir as aulas... Como deixar lá e ocupa-la ainda mais? Marido com horários que não ajudam... Resumo da ópera: desisti no meio de semestre! Não voltei, não fiz as atividades...

Mas não dava pra ficar assim... Como poderia desistir assim de algo tão importante pra mim? E foi assim que virando noites retomei tudo, assim espero e volto ao Pead com força total, em um empenho da minha família e por ela... Sim, pela Pérola que se Deus quiser vai aprender com sua mãe que quando tudo está difícil o jeito é continuar a nadar...

                                     

Quadro do projeto Um Lagarto no Jardim

METAS
OBJETIVOS
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
BREVE DESCRIÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA META
ATIVIDADES REALIZADAS
Meta 1 - Questões de Pesquisa
A questão  de pesquisa surgiu do interesse das crianças no lagarto que aparecia todos os dias na pracinha da escola. A situação problema era que algumas crianças diante da curiosidade, jogavam paus  pedras no bichinho. Ao ouvir os diálogos espontâneos das crianças pude encontrar a situação problema em questão.
O período foi de 15\04 à 18\04
A turma em questão passou pelo período de adaptação de maneira tranquila entre a maioria dos alunos. O tema encontrado foi trazido para a rodinha nestes dias e conversamos sobre o que é um projeto. Por tratar-se de uma turma de educação infantil, claro que a linguagem utilizada foi bastante simples.
Nestes momentos também aproveitei para fazer as anotações dos diálogos das crianças, também recolhi informações que mais tarde catalogadas deram origem as certezas e dúvidas do projeto.
Roda de conversa.
As crianças tiraram fotos com meu auxílio do lagarto e depois passei as fotos no data show para conversarmos a partir da observação de imagens.
Meta 2 - Dúvidas e Certezas
De 22\04 à 24\04 
Elaboração de um painel do projeto.
Fiz um grande painel com as fotos do lagarto tiradas pelas crianças, e escrevi as certezas e dúvidas em tiras de papel com os nomes de que fez a pergunta ou tinha a certeza. Cada um procurava suas tiras fazendo o reconhecimento do nome e eu as lia depois colocavam no mural.
Meta 3 – Mapa Conceitual
Elaborar a partir dos interesses dos alunos, um mapa conceitual que trate sobre  o tema.
De 25\04 à 26\04 
Como as crianças são muito pequenas eu montei o mapa conceitual a partir dos diálogos delas.
Esquematizei no papel depois no computador.
Meta 4 – Plano de Ação
Utilizar diferentes estratégias para prosseguimento do projeto, mídias digitais, histórias, músicas e colaboração das famílias.
De 29\04 à 09\06 
Utilizei diferentes atividades para conduzir o projeto, pesquisas em diferentes esferas e participação das famílias.
Primeiro descobrimos no laboratório  de informática através da pesquisa na tela interativa que o lagarto que mora na escola é chamado de Teiú ou Teju;
Vimos imagens do lagarto;
Descobrimos como são seus ovos e assistimos o nascimento de um lagarto;
Pesquisamos o que ele como e descobrimos que vinha na escola comer João Bolão; Experimentamos a fruta que trazia nosso amigo ao quintal da escola;
Desenhamos o lagarto;
As famílias foram convidadas a pesquisar algo (imagens ou informações) e contribuir para nosso mural;
Descobrimos sobre o cuidado que devemos ter com os animais através de histórias e canções;
E a importância da preservação da espécie, pois ajuda no controle depragas.

Gestão democrática

Gestão democrática

[... ] um processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do jogo democrático e, consequentemente do repensar das estruturas do poder autoritário que permeiam as relações sociais, e no seio dessas, as práticas educativas.
(Dourado (2001, p.79)


A gestão democrática é um espaço de participação no ambiente escolar que permite a todos  uma participação ativa nas decisões da escola. Já não se pode admitir espaços de ensino nos moldes autoritários, nesses moldes o vínculo e o pertencimento não são despertados na comunidade tornando muitas vezes essa convivência cheia de conflito e até violenta como temos visto em muitas comunidades.
Os órgãos públicos vem trabalhando em leis que incentivem e valorizem a gestão democrática nas escolas como é o caso da A Lei Estadual nº. 10576, de 14 de novembro de 1995[1], que dispõe sobre a Gestão Democrática do Ensino Público do Estado do Rio Grande do Sul, representou avanços importantes na gestão das escolas públicas. Oportunizando uma gestão mais transparente e que acontece de froma eletiva com a participação de todos, pais, professores, alunos... Assim como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) aprovada pela Lei Federal nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que nos artigos 14 e 15 aborda a gestão democrática da escola com predomínio das palavras participação e autonomia; o Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado pela Lei Federal nº. 10172, de 9 de janeiro de 2001 e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) aprovado pela Lei Federal nº. 9424, de 24 de dezembro de 1996.
Claro que muitos desses aspectos ainda estão longe de ser efetivmnet cumpridos em todas as escolas, mas segundo a lei a implementação de meios de participação mais efetiva de todos nas decisões da escola devem ser pensados. Espaços para que isso ocorra devem ser abertos como a proposta dos conselhos escolares que ainda não sçao uma realidade nas escolas, mas devem em breve substituir de maneira mais efetiva as antigas APEMENS e CEIS ampliando a participação.
Temos enfrentado sério problemas políticos em nosso pais e isso se deve a falta de uma educação que sej capaz de gerar cidadão críticos, participativos e conscientes de seus direitos e deveres. A importância da democracia e dos espaços de poder vem se perdendo, nada mais justo qe se comece pela escola uma nova geração capaz de mudar os rumos de nossa nação.




Entrevista com presidente da APEMEM da Emei Floresta Encantada

A cadeira de organização e gestão pedagógica nos faz refletir como os conselhos escolares estão formados, sua finalidade e como tem feito seu trabalho a fim de contribuir com a escola. Pensando nisso e para completar as atividades com maior abrangência realizei uma entrevista com o presidente da APEMEM da minha escola e divido ela agora aqui no blog...

Entrevista:
Presidente da APEMEM Ricardo Pasqualli
Ricardo, como você vê seu papel como presidente representante dos pais da escola?
Procuro ouvir os pais e pensar também nas demandas da escola, tento ser a voz daqueles que não participam pensando no bem da maioria e principalmente das crianças.
Seu papel é fundamental para auxiliar na articulação com a secretaria de educação, como se dá isso?
Geralmente participamos pouco direto com a secretaria, mas colocamos nossas demandas e estas são levadas adiante quando não é possível solucionar juntos.
O que te fez ter interesse no cargo?
Minha filha estuda na escola, quero defender e entender o espaço onde ela está, acredito que escola e sociedade juntas tem o poder de transformar o futuro.
Como você contribui para o andamento da escola?
Auxiliamos em tudo, desde os eventos quanto n aprovação de investimentos.
Como você vê o fato do cargo ser eletivo?
Não poderia ser diferente, se a escola é democrática os seus represe

Síntese final Projeto em Ação

Relatório final...
Será necessário oportunizar situações em que os alunos participem cada vez mais intensamente na resolução das atividades e no processo de elaboração pessoal, em vez de se limitar a copiar e reproduzir automaticamente as instruções ou explicações dos professores. Por isso, hoje o aluno é convidado a buscar, descobrir, construir, criticar, comparar, dialogar, analisar, vivenciar o próprio processo de construção do conhecimento.          (ZABALLA, 1998)
O projeto Um lagarto no Jardim foi muito prazeroso e significativo, a turma bastante falante e ativa enriqueceu cada atividade mostrando interesse e curiosidade. Como retornava de licença acompanhei parte do projeto com a professora que cobria minha licença, mas fui construindo com ela uma parceria para que com meu retorno o projeto tivesse andamento. Então, as atividades propostas e toda a estrutura foi feita por mim, mas algumas atividades aplicadas por ela. É muito importante na proposta de projeto que haja um olhar atento ao interesse das crianças para que o mesmo não seja um assunto lançado pelo professor.
Algo muito fundamental no sucesso este processo foi a escuta, ouvir e estar atento aos diálogos das crianças, não só nos momentos de conversa dirigida (rodinha), mas durante as brincadeiras, no pátio e nos espaços de convivência trouxe subsídios para a elaboração de cada meta. Rodari, um dos fundadores da escola municipal de Reggio Emilia, Itália, bebeu na fonte do Surrealismo e trouxe a técnica de escrita automática para a pedagogia, defendendo a tese de que a criança tem mais a dizer do que sonha nosso vão tradicionalismo escolar. Estar disposto a ouvir a criança é primordial nos projetos de pesquisa com crianças tão pequenas. Assim a meta 1 que propunha a busca por uma questão para a pesquisa surgiu naturalmente, e por isso defendo que o cronograma deve ser elaborado ao longo do  processo a fim de não engessar o trabalho.
A meta 2 das certezas e dúvidas seguiu a mesma linha da escuta, nos diferentes tempos e espaços fomos arrecadando dados, falas  e a pesquisa de imagens através das fotos tiradas pelas crianças também foi muito interessante. De acordo com Lévy (1993), as tecnologias se transformam em tecnologias da inteligência, ao se construírem enquanto ferramentas que auxiliam e configuram o pensamento, tendo nele, portanto, um papel constitutivo. Ao mesmo tempo, tornam-se metáforas, servindo como instrumentos do raciocínio, que ampliam e transformam as maneiras precedentes de pensar. Para o autor citado, as tecnologias agem na cognição de duas formas: (a) transformam a configuração da rede social de significação, cimentando novos agenciamentos, possibilitando novas pautas interativas de representação e de leitura do mundo; (b) permitem construções novas, constituindo-se em fonte de metáforas e analogias (MARASCHIN & AXT, 2005, p. 43). Pensando nisso utilizei a tecnologia a serviço da pesquisa. As crianças se sentiram participantes e ficaram realizadas em poder fotografar, muitas delas nunca tinham utilizado a câmera e amaram a experiência registrando com autonomia o que lhes era interessante. Ver as fotos no data show e depois impressas também foi incrível, eles amaram ver o resultado de seus cliques ali disponível para todos, achei muito interessante que alguns reconheceram a foto que tiraram mesmo antes que eu lhes informasse de quem eram.
A meta 3 do mapa conceitual foi a que menos teve a participação das crianças não encontrei uma forma de participarem ativamente por tratar-se de algo muito complexo para a faixa etária. Então, pensando na proposta da escola, no projeto político pedagógico e nos planos de estudo para a faixa etária, elaborei o mesmo utilizando os conhecimentos que adquiri no curso na elaboração de outros mapas.
A meta 4 foi a mais fascinante, ver o projeto andar finalmente foi maravilhoso! Mais uma vez as mídias digitais estiveram presentes, utilizamos a lousa interativa e o computador para pesquisas, como a turma ainda não lê a pesquisa por imagens e vídeos foi a forma mais utilizada. Porém depois de cada descoberta fazíamos o registro através de desenhos. As famílias também participaram ativamente mandando imagens e pesquisas que sempre eram mostradas ou lidas na rodinha e anexadas ao nosso painel do projeto que ao final estava repleto de registros, fotos e materiais.
As diferentes linguagens foram se encaixando e cada uma delas foi sendo trabalhada em consonância com o projeto, propondo uma aprendizagem rica, participativa e multidisciplinar. Ao chegarmos na parte da alimentação do animal vivemos uma experiência incrível colhendo e comento frutos das árvores da escola, e também descobrimos sobre a utilidade deste animal para o equilíbrio ecológico. Tratar os animais com respeito e carinho foi uma lição que aprendemos nesta trajetória através de músicas e histórias.
A atual etapa [da educação infantil] reconhece o direito de toda criança à infância. Trata-a como “sujeito social” ou “ator pedagógico” desde cedo, agente construtor de conhecimentos e sujeito de autodeterminação, ser ativo na busca de conhecimento, de fantasia e Revista Pandora Brasil – Número 34, Setembro de 2011 – ISSN 2175-3318 Alzeni Ferreira Lopes / Édina Maria Batista Rangel dos Santos Paula Joelma Soares Ferreira / Pollyana Valéria Gomes Brito O desafio do uso das TIC na educação infantil, p. 170-184. 173 da criatividade, que possui grande capacidade cognitiva e de sociabilidade e escolhe com independência seus itinerários de desenvolvimento. A inteligência infantil, sua linguagem e suas formas de representação via desenhos, modelagens, pinturas, são cada vez mais valorizadas, também pela indústria cultural e de entretenimento, além da publicidade (OLIVEIRA, 2007, p. 81). E foi assim que os vi ativos participes da aprendizagem e potentes em suas descobertas.A boa notícia é que a partir de uma das questões levantadas pelas crianças sobre a semelhança do lagarto e dos dinossauros, um novo caminho se abriu e o projeto continua seguindo agora outros horizontes!!