sexta-feira, 22 de abril de 2016

Cultura da criança:O brincar na infância do Brasil

               Como já havia prometido, quero dividir com vocês alguns rabiscos que fiz durante o XX Congresso da Educação Infantil, e aqui propriamente a fala da maravilhosa e encantadora Lydia Hortélio.   Falando sobre a importância da interação entre as crianças usando suas palavras simples ela argumenta: " Não há nada melhor para mim do que um menino encontrar outro menino...". A modernidade tem tirado das crianças a oportunidade de interação e a tecnologia vem cada vez mais distanciando as crianças das brincadeiras tradicionais e da natureza. Trazendo essa fala Lýdia impressionou ou ressaltar:
" Talvez temos que derrubar escolas para plantar árvores, deixar os meninos brincar, esperar eles perguntarem... E só então responder!" 
              A máxima da aprendizagem infantil segundo ela esta na soma: criança+criança+natureza.  A palestra foi oda acontecendo em torno de lindas imagens de brincadeiras folclóricas e músicas da cultura popular brasileira tão esquecidas na atualidade. As fotos maravilhosas eram do acervo pessoal de Lydia, mas vou tentar aqui encontrar algumas que se assemelhem e tragam a nossa memória e as nossas práticas este gostinho de infância que por vezes se perde em nosso dia-a -dia.
Jogo das 5 Marias
   

   

"(...) A Criança Eterna acompanha-me sempre.A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sonsSão as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.Damo-nos tão bem um com o outroNa companhia de tudoQue nunca pensamos um no outro,Mas vivemos juntos a doisCom um acordo íntimoComo a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas

No degrau da porta de casa,Graves como convém a um deus e a um poeta,E como se cada pedraFosse todo o universoE fosse por isso um grande perigo para elaDeixá-la cair no chão.(...)"



(O guardador de rebanhos Fernando Pessoa)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Literatura na Educação Infantil

Escolhi para destacar entre os livros de nossa biblioteca um dos quis as crianças adoram Quem tem Medo de Monstro da escritora Ruth Rocha. 
Com textinhos curtos e rimados a história mexe com a imaginação das crianças e com um tema bem importante principalmente nesta faixa etária. O livro faz parte de uma série onde os pequenos conseguem identificar seus medos e outros que nem imaginavam existir de maneira gostosa e divertida.
As ilustrações são lindas, particularmente gosto bastante pelo fato de fugirem dos estereótipos, trazendo imagens que tornam a trama ainda mais divertida.
Já contei esta história sob lençóis com lanternas e luzes pisca-pisca, foi uma experiência muito legal e o importante foi descobrir que através de uma história tão lúdica as crianças conseguiram falar sobre seus medos, dividir suas preocupações, dúvidas... Afinal, se até bandido e lobo mal tem medo, podemos enfrentar os nossos com muito bom humor como sugere Ruth Rocha.
                                                  
                                          







XX Congresso Nacional da Educação Infantil Omep!!!!




                 Gostaria de dividir aqui em meu blog minha participação no XX Congresso Brasileiro de Educação Infantil da OMEP. Com palestrantes maravilhosos o evento trouxe concepções incríveis e novos questionamentos dentro do trabalho com a Educação Infantil. Muitas falas trazendo conceitos que serão trabalhados neste semestre, como a brincadeira, o jogo, a ludicidade, a música... Dentre o que pude aprender neste encontro, quero relatar alguns de meus rabiscos dentre os quais consegui fazer entre meus olhos vidrados e meus pensamentos que rolavam viajando entre o conhecimentos destes grandes nomes...

"Realizar o XX Congresso Brasileiro de Educação Infantil,  com a temática “ + Brincadeiras + Interações = O Direito de Ser Criança”, inspira-nos a um encontro recheado de infância.  A educação infantil tem uma identidade que precisa ser preservada. Ela é o lugar de expressão livre da infância, do brincar que é prazer e ciência, estética e ética, descoberta e conhecimento. Segundo Hannah Arendt (2000, p.247), “a educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade  sobre ele”, uma responsabilidade de adultos que amam suas crianças o bastante para lutar por elas.

Alguns dos nomes presentes no evento ( alguns de nossos profes queridos!!!)

XX CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA OMEP/BRASIL/RS/NH 

- Renata Meireles do filme Território do Brincar 
- Fernanda Heinz do Filme Sementes do Nosso Quintal
- Maria Carmem Barbosa - Lica
Marita Martins Redin
Paulo Fochi
Josiane Del Corso
- Lydia Hortelio
- Maria da Graça Horn 
- Zilma de Oliveira 
Queila Almeida Vasconcelos
Vital Didonet

- Maria Luiza - Malu
- Euclides Redin
e muito mais!

                               

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Ludicidade e Educação


"A aventura da aprendizagem é altamente lúdica..." Prof Darli Soares

              Inicio aqui meu breve relato sobre nossa maravilhosa aula de ludicidade  e educação, parafraseando a professora Darli. Nesta aula observamos através de divertidos jogos que nos foram proporcionados o quanto o jogo lúdico na prática vai muito além de uma simples brincadeira. Dentro de suas falas as professoras Tânia e Darli foram nos mostrando o quanto na "aventura da aprendizagem" tais práticas são ricas e significativas. A brincadeira, o jogos e suas tramas são uma peça fundamental no trabalho pedagógico enriquecendo e possibilitando a aprendizagem de uma maneira divertida. Além da diversão, a proposta lúdica nos permite uma resolução de conflitos pelo viés da criança, uma possibilidade para trabalhar com problemas como indisciplina e até com casos mais sérios como abuso e agressão.
                   Além das brincadeiras e relatos assistimos a dois vídeos maravilhosos 'Natureza Brincante" e "O fim do Recreio", retratam a importância do brincar para a criança segundo suas próprias experiências. A brincadeira faz parte do cotidiano da criança que diferente muitas vezes do que se pensa, não necessita de produtos, jogos e brinquedos caros para se divertir. A criança é um ser social capa de utilizar a riqueza do meio em que está em seu processo de elaboração do brincar. Dentro da brincadeira há uma série de regras e combinações, por vezes veladas, que enriquecem a problemática da brincadeira. Além disso, o brincar age de maneira interdiscipinar, no momento que a criança necessita para participar de um mesmo jogo, utilizar os conhecimentos adquiridos em várias áreas. 
                             Termino aqui meu relato cheio de vontade de aprender mais sobre este maravilhoso mundo com um trecho do poema Apenas Brincando de Anita Wadley:

..."Porque enquanto eu brinco estou aprendendo.
    Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
    Eu estou me preparando para amanhã.
    Hoje, eu sou uma criança e o meu trabalho é brincar."

domingo, 3 de abril de 2016

2016... Novos desafios na Educação Infantil

        Como os que acompanham meu blog já sabem, sou uma apaixonada pela Educação Infantil e neste ano fui desafiada a ser professora de projetos em minha escola... Na verdade um desafio bem importante, tendo em vista que a escola tinha uma pequena biblioteca quase que desativada e meu projeto é de mediação a leitura. Enfim, ao trabalho e o resultado está sendo incrível... Primeiro a transformação do espaço, que com muito custo ficou lindo!! E aos poucos a experiência de entrar em várias turmas, com faixas etárias tão diferentes tem me proporcionado momentos de aprendizagem e um grande desafio!!  Juntamente com a biblioteca montamos uma sala de artes visando proporcionar uma interação entre as diferentes áreas das artes, com a ajuda da comunidade nomeamos como         Espaço de Arte Menino Maluquinho.

          A literatura é uma importante ferramenta na formação também desta faixa etária, fundamentando a ludicidade e fantasia, estimulando a oralidade e a comunicação dos pequenos.  "A biblioteca escolar bem utilizada funciona como uma potente ferramenta para o desenvolvimento do aluno, de sua autonomia intelectual e também do processo de ensino e aprendizagem", afirma Marcelo Soares, diretor de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para a Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC).