Como estamos revendo e refletindo sobre nossas postagens trago para uma nova abordagem uma postagem do dia 16/10/2015 http://portifoliofrancielesilva.blogspot.com.br/2015/10/visita-pracinha-espacos.html que traz uma visita a pracinha próxima da escola com o seguinte relato:
"Visitar espaços públicos, brincar, se divertir, conhecer, empossar-se do que é da comunidade é um exercício de cidadania!!! Este é um espaço NOSSO, e por este motivo chamamos a atenção de todos para o cuidado com a limpeza e conservação do mesmo. Comunidade e poder público devem zelar por espaços como este que oportunizam momentos tão felizes para os nossos pequenos!!!"
Achei importante teorizar e complementar essa postagem trazendo mais alguns argumentos que devem nos encorajar a tornar espaços como estes fontes para importantes aprendizagens. Claro que a utilização de espaços públicos deve ser pensada com responsabilidade, muitas vezes espaços como este são perigosos por diversos motivos. O que precisamos é nos encorajar, procurar apoio e tentar ações que mostrem a comunidade o quanto espaços como este podem ser e são significativos aos nossos pequenos.
Para Gomes (2002) o abandono dos espaços públicos se deve a um confinamento
dos terrenos de sociabilidade, com a vivência ocorrendo cada vez mais em espaços fechados.
Existe uma multiplicação de espaços comuns, mas esses, não são públicos, desta forma
produz o esvaziamento do espaço público.
Isso faz com que cada vez mais as experiências de nossas crianças sejam em espaços fechados e que essa noção de pertencimento e por tanto, cuidado com o que é público seja suprimida.
Segundo Agda Sardenberg, coordenadora executiva e especialista em educação integral da Associação Cidade Escola Aprendiz, qualquer espaço público tem potencial educativo. Mas, a praça, – por sua característica aberta – tem um poder ainda maior. Por ser um local agregador de variadas tribos, grupos e pessoas, a praça permite a descoberta e resgate da memória, história e cultura locais.
É nela que toda a população pode estar sem pagar nada, aproveitando-a para se divertir, conversar, brincar no playground ou jogar dominó. Segundo Agda, estar na praça é mais do que ocupar um espaço público; é também um exercício de cidadania, pois tudo o que dialoga ou se expressa no espaço pode se tornar uma oportunidade de reflexão e de descobertas.